Palestras Sobre Drogas

Há 12 anos sou voluntário na área de Dependência Química, atuando no tratamento por meio de Comunidade Terapêutica. Tenho alguns livros publicados “Drogas um vale escuro e grande desafio para família" e "O amor vence as Drogas”, e mais de uma centena de Artigos relacionado a este tema.


Faço palestra sobre Dependência Química. Aqueles que desejarem basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


segunda-feira, 5 de março de 2012

Dependentes e seus familiares no tratamento



Gostaria de abordar um tema que é muito delicado, mas infelizmente, é corriqueiro ocorrer com os dependentes químicos quando estão em tratamento nas comunidades terapêuticas que é; o abandono de seus familiares.

É natural – porém, não justificável – que os familiares acabam-se desgastando com seus entes dependentes que se adoecem a tal ponto de não se importarem mais com eles, ou seja, acabam abandonando-os, como se eles não fizessem mais parte da família.

O tratamento de um dependente químico se dá através da participação da família, ou seja, para que de fato, um dependente consiga manter sobriedade é fundamental contar com o apoio de seus familiares, bem como é essencial para os familiares participarem do tratamento de seu ente, pois eles também estão doentes, e como toda doença, para que atinja sua cura é preciso que todos os órgãos afetados sejam tratados. Portando, não basta que o dependente esteja numa clinica em tratamento se seus familiares não estejam inseridos também nele.

O que muitas vezes, vemos ocorrer é que a família ao colocar seu ente numa clinica, esquece dele lá. É como se estivesse tirando um peso de seus ombros transferindo-os para a instituição. Em muitos casos, elas sentem se aliviadas, pois sabem que na entidade eles estão sendo cuidados, ou seja, não estão jogados nas ruas, não estão dando preocupações. Estão sendo bem alimentados, etc., esquecendo que na instituição é por um período transitório, isto é, um dia ele sairá de lá e voltará para as ruas e tudo recomeçará de novo se de fato não estiverem sóbrios.

A grande maioria dos dependentes que dão entrada nas comunidades terapêuticas – instituições mais pobres – ocorre através da assistência social do município; entidades civis de acolhimento, por indicação de pessoas caridosas. Ou seja, estes dependentes já estão descartadas pela família, e naqueles casos onde a família que procura internação, parte delas só aparece na entidade para internar depois desaparecem. Sendo assim, é um trabalho árduo o tratamento deles, pois lhes falta o essencial que é a presença dos familiares.

Durante muitos anos, atuando no tratamento de dependentes químicos, o dia mais triste era o dia da visita dos familiares, pois, na maioria das vezes, nem 10% dos internos recebiam visita. Ou seja, no único dia que a família tinha para visitar e dar força para seu ente internado ela não comparecia.

Ainda é preciso dizer, que no estatuto, no regimento da maioria das comunidades terapêuticas, há uma norma que exige a participação da família no tratamento. Este comparecimento é para que ela saiba como está o processo de recuperação de seu ente, para participarem de palestras sobre co-dependência. Há também uma norma que exige que a família participe de algum grupo de mutua ajuda, no entanto, a imensa maioria delas, não participa. Então, as instituições ficam num dilema, ou dispensam os recuperando cuja família não cumpra tais normas, ou os mantém em tratamento. Muitas delas, optam por mantê-los, pois o amor por eles, sobressai ao regulamento.

Enfim, é fundamental que as famílias de dependentes químicos, não permitam que a doença os faça tornar-se frias a ponto de abandonar seus entes doentes (dependentes químicos), pois esta atitude já é um sinal claro que de elas estão doentes também. É importante frisar que a cada internação deve-se brotar uma esperança, ainda que possam ser varias internações. Cada dia é um novo dia, e cada momento é momento novo. Também é importante, que as famílias não veja uma instituição de tratamento como algo que vai dar ao seu ente mais dignidade ou proporcionar uma tranqüilidade para ela. Evidentemente, é infinitamente melhor estar numa clinica do que estar nas ruas, passando frio, fome, se drogando e a tensão da má noticia a qualquer hora, porém, é fundamental que a família participe do tratamento de seu ente. É importante que a família se insira no tratamento, para que possa curar de sua co-dependência que há.Uma doença tão grave quanto à própria dependência.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Autor do livro "O Amor Vence as Drogas"
Adquira o seu entrando em contato

sábado, 3 de março de 2012

Independentes e dependentes de Deus



Por mais que somos seres independentes, isto é, temos o direito sobre nossos atos, tendo uma liberdade aparentemente plena, percebemos que ao longo da vida a realidade não acontece bem assim.

Nossas atitudes nem sempre são construídas por motivações livres, na grande maioria, sempre somos pressionados por certas carências afetivas; certos impulsos momentâneos e varias outras situações que embora, sejam feitas com nossa permissão, são motivadas e impulsionadas por fatores internos ou externos existentes no individuo ou influenciado por fatores sociais e várias outras circunstancias.

A partir do momento que amadurecemos espiritualmente, começamos enxergar uma nova realidade, tendo assim, uma nova percepção desta realidade que certamente, aos poucos vai abrindo nossos olhos, fazendo-nos enxergar que não somos tão livres como costumamos imaginar, pelo contrario, nossa liberdade acaba por nos aprisionar.

A pessoa humana, por mais que possa não perceber ou procure ignorar, é dotada de uma espiritualidade que o transcende. O que comumente ocorre é não darmos conta disto, ou então, procuramos ignora-la buscando em outras explicações justificativas por não ter esta concepção intrínseca do Ser Espiritual o qual somos. Talvez isto esteja relacionado à falta de uma formação espiritual, de uma formação cultural, de educação...

Sem querer ofender a pessoa do dependente químico, mas uma das características desta doença é o egocentrismo, muito acentuado nestas pessoas, que leva a uma outra qualidade negativa, de ser também extremamente orgulhosa, pois, é comum vermos tais dependentes químicos, que embora, vivam precisando sempre de outros o orgulho não os deixam verem, assim, vivem voltados para si mesmos e, certamente, isto o levam  terem dificuldades em admitirem a presença de um Poder Superior, o qual possam entregarem-se inteiramente.

Por mais que em determinados casos o dependente químico manifeste sua crença, devido a tais características da dependência, torna-se difícil e complicado a aceitação. Há uma frase que muito se fala quando aborda a espiritualidade e se confirma ao longo do tempo; “Se não vai pelo amor, acaba indo pela dor” .Em muitos casos, muitos dependentes acabam aproximando-se de Deus e descobrindo a força e a existência deste Poder Superior, quando estão vivenciando momentos difíceis em suas vidas; quando se encontram encurralados não tendo mais a quem pedir socorro.

Na dependência química, isto não é diferente, quando se depara entre a vida e a morte onde as argumentações, as explicações não se justificam mais. Quando se encontra em desespero é que o dependente abaixa a guarda se entrega nas mãos Dele. Embora, não seja uma decisão livre e plena este gesto, esta atitude é de humildade. 

Nestes momentos ocorrem verdadeiros milagres e aí, muitos sem reservas, têm a coragem de dizer em alto e bom tom, que foi salvo pela graça e pela misericórdia não pelos méritos, pois, a própria condição de vida anteriormente impossibilita resquícios de vaidade, de orgulho e de egoísmo diante esta manifestação de Deus, ou seja, somos dependentes de Deus.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

Comunidade Terapêutica Jeová Shalom

Gostaria de deixar neste tópico informações para aqueles que tem problemas relacionado às drogas e deseja tratamento.Somos diretores uma entidade para tratamento a dependentes químicos chamada “Comunidade Terapêutica Jeová Shalom”.Já atuamos nesta área de tratamento há quase 12 anos.
Para maiores informações aqui estão dados da entidade para aqueles que estão a procura de tratamento.

· A entidade se localiza na cidade de Ouro Fino sul de Minas Gerais, está há 200 km de São Paulo, 480 km do Rio de Janeiro e 490 km de Belo Horizonte. A instituição trata apenas o sexo masculino.

· A instituição é evangélica: Isto não significa que somente atende a evangélicos, pelo contrario, a entidade recebe todos sem distinção de credo, raça, etnia, etc. no entanto, os princípios da espiritualidade é Cristã.

· É proibido fumar cigarro de tabaco. Segundo entendimento da entidade tabaco é também uma droga que precisa ser combatida. Muitas vezes o próprio uso do cigarro acaba sendo um fator de levar o dependente a ter suas recaídas.

· O tratamento se dá através do tripé; Laborterapia, espiritualidade e reunião de grupos. A reunião de grupo é subdividida em palestras, dinâmicas e os doze passos.

· O tempo de duração do tratamento é de seis meses divididos em: dois meses para desintoxicação, dois para conscientização e mais dois anos destinado a ressocialização.

· Embora a entidade esteja registrada nos órgãos públicos, como ocorre com a maioria das Comunidades Terapêuticas não recebe verbas dos poderes públicos e como tem que se manter, ela pede a titulo de doação uma contribuição de R$ 250,00 mensais para poder custear as despesas de manutenção da instituição.

Pois bem, estas são as informações básicas, caso há interesse basta entrar em contato:
potifar@hardonline.com.br

Presidente:
Apostolo Profº Roberto Wagner Alves Ferreira