Palestras Sobre Drogas

Há 12 anos sou voluntário na área de Dependência Química, atuando no tratamento por meio de Comunidade Terapêutica. Tenho alguns livros publicados “Drogas um vale escuro e grande desafio para família" e "O amor vence as Drogas”, e mais de uma centena de Artigos relacionado a este tema.


Faço palestra sobre Dependência Química. Aqueles que desejarem basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Como vencer as drogas mantendo-se a sobriedade



                                Acredito que o conhecimento que se tem em relação ao mal que a droga provoca biologicamente; o conhecimento da dependência em termos psico-social , a força de vontade que deve existir dentro do dependente através de um retrospecto da vida antes e após uso (as perdas após consumo), são fatores essenciais para fortalecer em não fazer seu uso. Somente o dependente pode vencê-la, esta vitória ocorre a partir do momento que o dependente comece a viver só por hoje, ou seja, por hoje não vou usar drogas; por hoje vou me amar mais; só por hoje vou buscar mais a presença de Deus; só por hoje vou viver mais minha família e por ai em diante... "só por hoje". Mesmo sabendo que a droga é uma droga perigosa, procurar por um lado teme-la, mas por outro, não vivê-la, isto é, procurar construir uma qualidade de vida. Procurar preencher os espaços físicos e emocionais vazios que surgem constantemente na no dia a dia com coisas saudáveis e colocar cada dia nas Mãos de Deus. É fundamenta também Procurar participar de grupos de ajuda tanto na internet quanto em sua cidade, ajudando as pessoas através de sua história de vida, isto é também uma maneira de superar as suas fissuras. Há doenças que os medicamentos são fármacos há outros que é o remédio está dentro de cada um. Enfim, procurar tirar do psicológico a prioridade que é a droga e colocar em seu lugar outras prioridades, por fim, viva um dia de cada vez.

Ataíde Lemos 
Poeta e escritor 

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domingo, 11 de setembro de 2011

O desafio para tratar-se um dependente químico



As pessoas são subjetivas, ou seja, cada um, é cada um, porém, o tratamento para dependência química em grupo segue uma metodologia coletiva, isto é, um tratamento igual para todos.

Alguns parâmetros precisam ser considerados antes de se questionar o tratamento que são: as características da doença e o propósito de quem procura um tratamento.

Ø      Características da doença:

É preciso levar em consideração que a doença da dependência química é bio-psico-social. Isto significa dizer, que ela é ao mesmo tempo uma doença que provoca disfunções orgânicas, psicológicas e tem também consequencias sociais para aquele que contrai a dependência.

Quanto à questão psicológica seus efeitos influenciam no comportamento. Influem na construção novos traços na personalidade (alguns dizem, defeitos de caráter), que leva o dependente a ter uma nova visão de mundo, de sociedade. Visão esta que vai contra certos valores, princípios de convívio social tendo perdas sociais e uma disfunção psicológica e ainda, é preciso ressaltar que estas mudanças também são sintomas provocados pela dependência, ou seja, pela necessidade de drogar-se.

Portanto, seus efeitos e mudança de comportamento, segundo meu ponto de vista, é um dos fatores mais complexos para busca de um tratamento e para sua manutenção no mesmo.Muitos dependentes acabam buscando tratamento por questões sociais e biológicas, no entanto, como seu psicológico não está preparado não permanecem. O índice de pessoas que abortam o tratamento chega a quase 90%. Há dependentes que entram e saem no mesmo dia de uma clínica, outros permanecem uma, duas semanas e quando aperta a crise de abstinência não resistem. Já alguns até ficam 2, 3 meses, mas como não conseguem trabalhar o psicológico acabam abortando alegando vários motivos.


Ø      Propósito

O propósito está muito ligado a questão psicológica, ou seja, não tem como se manter num tratamento sem vontade. Pois, ninguém faz o que não deseja. Não há como exigir de uma pessoa mudança de vida, de comportamento se ela não quer.

Na maioria dos casos conversando com dependentes em recuperação eles são claros ao dizerem; “agora eu quero, já internei varias vezes, mas na verdade em nenhuma delas eu quis recuperar”, “eu me internei para livrar de uma situação lá fora”, “me internei para dar uma recuperada biológica, pois andava muito doente e quis dar um tempo”. Enfim, estes e tantos outros argumentos ouço de muitos que buscam tratamento. Isto é, não existe o propósito de uma mudança de vida, ou melhor, de deixar as drogas de verdade. Portanto, para estes, não deixarão as drogas mesmo.

Pois bem, partindo das colocações acima, sou contrariamente a internação involuntária, por acreditar que se alguém, não quer se tratar não há como força-la, pois o dependente pode até se internar, mas não permanecerá na instituição, e ainda é preciso levar em consideração que esta pessoa colocará em risco aqueles que de fato estão a fim de tratamento de verdade.

Muitos podem dizer: “Mas o que fazer com aqueles que não querem tratar-se?” Ou “Como fazem os familiares destes dependentes que não querem trata-se?” Acredito que para os pais o fundamental é procurar ajuda profissional ou participações em grupos de mutua ajuda. Não adianta questionar, lamentar-se sem ter atitude de procurar orientações, informações e tratamentos também, pois, grande maioria dos pais estão doente juntamente com seus entes, a doença da coodependencia.

Para os jovens dependentes que estão se drogando e não querem se tratar é preciso que haja entidades governamentais e da sociedade cível que tenham projetos que levem estes dependentes buscarem tratamento de forma voluntária, ou seja, projetos direcionados a aqueles que são dependentes e que não se deram conta que precisam trata-se.

O que a sociedade precisa cobrar do Poder público são projetos neste sentido, ou seja, casas de acolhimentos onde haja equipes interdisciplinares que visam os dependentes que estão nas ruas que não querem se tratar poderem através de abordagem de acolhidas e ao mesmo tempo de informações promoverem a consciência neles da dependência, e assim, que este desejo for manifestado ter entidades para os encaminharem. O que vemos hoje são jovens desejando internação para o tratamento e o Poder público sem ter como encaminha-los devido ao descaso as entidades de tratamento.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor  

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um dos males das drogas é a questão referente às classes sociais



Sou um defensor contra a legalização das drogas, por trabalhar com dependentes químicos em tratamentos. Por ver e ler o mal que elas provocam tanto para aquele que faz uso, como indiretamente a família e a sociedade. Enfim, as drogas destroem o homem e a sociedade. Acredito que esta posição é também da imensa maioria  daqueles que atuam na área de prevenção e de tratamento a dependentes químicos.

Muitas vezes se usa o discurso de que algumas drogas são leves e poderiam ser legalizadas e assim questionam: se tais drogas como, por exemplo, a maconha não pode ser legalizada, por que o álcool e o tabaco que são drogas lícitas altamente prejudiciais, até mais que algumas ilícitas são liberadas? Para esta indagação, tenho apenas uma única resposta: não há como controlar uma droga utilizada por mais de 90% da sociedade e o tabaco que também possui um alto percentual de fumantes. É inviável, é utopia querer torná-las ilícitas.

Por outro lado, tal questionamento é incoerente e serve como base para a não liberação da maconha e outras  ilícitas, haja vista, que se as licitas fazem este grande estrago na saúde das pessoas e da sociedade, por que liberar as outras? Sendo que seus consumidores são uma parcela pequena da sociedade? A maconha não atinge 8 % de usuários, a cocaína, menos de 4%, ou seja, se um governo não pode controlar este uso é melhor pegar o boné e pedir demissão ou renunciar.

Enfim, este é um fato que se constata o porque sou contra a legalização das drogas, além do que, é preciso levar em consideração do interesse que está por trás em querer a legalização da maconha, pois, é apenas o inicio da legalização das outras drogas.

Quando se diz que a droga provoca violência, ninguém questiona este fato. No entanto, é preciso ressaltar que a violência das drogas não está apenas na questão do tráfico, mas também no consumo, ou seja, como ela altera a consciência,  muitos sobre seus efeitos acabam provocando um grande índice de violência. Mas uma vez, devemos analisar as drogas licitas, o consumo de álcool é responsável por um numero expressivo de mortes fúteis e a violência domestica. Portanto, a questão da violência provocada pelas drogas é relativa.

No entanto, meu objetivo é também entrar num outro aspecto, que me causa indignação, ou seja, a maneira diferenciada de interpretação da Lei sobre drogas pelas autoridades os quais tratam os usuários e dependentes químicos . Infelizmente, vemos que o grande problema da ilegalidade das drogas, não está nela em si (drogas), mas nas classes sociais que as usam. Isto é, os pobres são tratados completamente diferentes dos das classes A em relação à Lei sobre Drogas.

Dias atrás uma manchete de mídia dizia: “A policia prendeu mais um traficante de drogas”. Pois bem, fiquei atento para a matéria; ao ouvir a noticia tinha o seguinte conteúdo: “A policia militar prende um traficante, com ele foram pegos 4 buchas de maconha e uma quantia de R$ 5,00”. Seria cômico se o desfecho deste pobre usuário ou dependente não fosse trágico. Enfim, um usuário, no mínimo da classe pobre, é considerado traficante porque estava com 4 cigarros de maconha e R$ 5,00 reais (dinheiro do tráfico) e os bacanas da Zona Sul. Os filhos dos da classe A são pegos com kilos de maconha, de cocaína e não passam de usuários. É muito triste observarmos que é assim que ocorre, ou seja, o problema da ilicitude das drogas está  relacionado aos da classe pobre. Estes sim, são violentados em seus direitos, tendo punições além da Lei.

Temos lido na imprensa que o governo do Rio de Janeiro vai abordar os usuários de drogas que estiverem consumindo ckac nas vias públicas e interná-los compulsoriamente para desintoxicação, ai fica o pergunta: todos serão internados? Os filhos dos da classe A que estiverem se drogando nas vias publicas serão internados? Pois, usuários de ckac, somente se conhecem suas identidades após averiguação. Será que os pais da classe A, os quais terão seus filhos apreendidos pela policia serão obrigados internarem seus filhos usuários de ckak para desintoxicação?

Em suma, é preciso acabar com esta hipocrisia e tratar as pessoas iguais. A Lei precisa ser igual para todos, acabando com o preconceito e a discriminação dos usuários de drogas das classes menos desfavorecidas economicamente dando tratamentos desiguais aos usuários de drogas, segundo suas classes sociais.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Autor dos livros: O Amor Vence as Drogas
Drogas, um vale escuro e grande desafio para família 

domingo, 19 de junho de 2011

Interesses pela legalização da maconha



Tenho lido, assistido varias matérias relacionadas à liberação das drogas. Primeiramente, FHC fazendo sua defesa a liberação da maconha e parece que ela já lhe rendeu benefícios, pois recentemente o STF, deu sua resposta ao permitir passeatas em favor dela ao entender que, não autorizar, está se ferindo o direito de liberdade de expressão, ou seja, estamos caminhando para que alguns líderes liderados por FHC começam a formar opinião quanto sua liberação.

Algo que me surpreende e me deixa apreensivo é ver que as mídias de grandes expressões têm entrado também neste interesse, pois, estão se destacando e enfatizando em suas matérias jornalísticas falas daqueles que são favoráveis a sua liberação. O que também me surpreende é o silencio da maioria contraria, ou talvez, ela não esteja tendo o espaço nas mesmas mídias para defender a não liberação.

É importante ressaltar que proibição do uso da droga (maconha) não é uma decisão filosófica, etc, mas é uma decisão política em comum acordo com a questão de saúde pública, ou seja, sua proibição está relacionada aos malefícios de seu uso. Como exemplo, se é constatado que um medicamento (droga) produz muitos efeitos colaterais a ANVISA, proíbe a produção e a venda, ou seja, da mesma forma, a maconha é proibida seu uso devido vários efeitos colaterais em seus usuários e inclusive a dependência. É preciso dizer que seus efeitos colaterais estendem também a família e a sociedade. Ainda ressalto que as conseqüências do uso desta droga, não se restringe ao biológico e psíquico, mas também efeitos sociais. Enfim, é uma droga classificada como perigosa pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Porém, ao que me parece o interesse nesta legalização tem alguns interesses, pois somente isto seria o motivo para procurar mobilizar a sociedade induzindo-a pedir mudanças na Lei. Vejamos algumas:

1. Financeiro: Não é de desconhecimento de ninguém que as drogas movimentam milhões e milhões e que estes recursos não retornam em impostos. Evidentemente, seria mais um excelente tributo que rechearia o caixa do Estado, independente as conseqüências de saúde pública que seu uso proporcionaria. Ainda temos que levar em consideração que muitas empresas na área farmacológica lucrariam com sua liberação. Enfim, sua liberação tem interesses financeiro

2. Interesse social: Todos nós sabemos que o maior consumo de drogas é da classe social de melhor poder aquisitivo. Na verdade, quem sustenta o tráfico de drogas e quem os mantém não são os pobres das favelas ou dos subúrbios, mas sim, os engravatados dos grandes edifícios, da Zona sul do Rio e de outras capitais do Brasil. São os políticos, os artistas, os grandes empresários, etc. Sendo assim, eles também procuram fazer seus lóbis para que esta droga seja liberada.

3. Político: Evidentemente defender causas produzem benefícios políticos e financeiros, principalmente, aquelas que há uma imensa maioria interessada que se beneficiarão caso seja implementadas, tem retornos políticos. Não há duvidas que esta é uma estratégia usadas por políticos inteligentes, ou seja, assume-se uma bandeira para formar opinião e assim, obtém retornos tanto político como financeiros pelas empresas que também lucrarão muito.

Enfim, a sociedade precisa estar atento e se acordar, pois é isto que parece estar ocorrendo nesta campanha bem orquestrada e montada por alguns lideres como FHC e outros. Lideres estes que estão nos Três Poderes e que muitos estão sendo financiados por grupos empresariais e políticos.

É necessário que as entidades que atuam nesta área, a comunidade cientifica relacionada a saúde esteja a tenta a esta manobra que se procura fazer e também manifestar suas posições para este movimento que, digo de passagem, não está preocupado com a saúde pública, mas sim, interesses pessoais ou de grupos disseminando esta idéia e venhamos a legalizar a maconha, pois depois dela será para a legalização da cocaína e assim por diante.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Legalização da Maconha



O cigarro (tabaco) possui uma grande quantidade de elementos químicos e já está provado cientificamente que todos que estão ao lado de um fumante acabam inalando os elementos, ou seja, é um fumante passivo, tanto que se tem criado Leis visando coibir fumar em locais fechados. No entanto, estes tipos de Leis não funcionam, pois é impossível fiscalizar. Pois bem, o tabaco é uma droga licita e assim, o fumante se desejar fumar 1, 2, 3, 5 maços por dia ele pode, pois não há restrição.

O álcool também é uma droga licita que provoca varias doenças. Para ela não restrição quanto beber passivamente, no entanto, sabemos o mal que ela causa tanto para o usuário dependente quanto para família e a sociedade. Sem duvida, o álcool é uma das piores drogas existentes, porque degrada o dependente, destrói a família e a sociedade e não há cura. Tornar-se um dependente é morrer e matar as pessoas aos poucos. No entanto, é uma droga que pode se beber a vontade, ou seja, se uma pessoa quiser tomar um tonel de álcool por dia não há nenhum problema.

Também é preciso ressaltar que o País gasta milhões e milhões de reais conseqüente das doenças causadas por estas duas drogas licitas. Gasta no tratamento do câncer derivado do tabaco e do álcool e tantas outras de ordem psíquicas causadas indiretamente por estas drogas.

Fiz este comentário inicial para falar sobre a maconha, uma droga ilícita que tem causado destaque na mídia e até representações judiciais para que procure liberar seu consumo. Como também coloquei acima, a licitude de uma droga dá o direito de consumir a vontade e sem moderação, mesmo que o Estado tente impedi-lo com Leis e normas. Enfim, não há como limitar o consumo.

Abaixo estão citados os efeitos da maconha:

Principais efeitos


Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do organismo do consumidor com a presença da droga.

Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).

Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.

O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.

Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.

Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano. (Por Eliene Percília Equipe Brasil Escola.). Ainda há dados científicos relatando que o uso da maconha pode causar esquizofrenia e também desencadear doenças psiquiátricas em pessoas que tem predisposição a alguma doença mental.

Pois bem, com a proibição do uso da maconha seu consumo é limitado, haja vista que o usuário tem que tomar os devidos cuidados para que não seja pego por autoridades policiais. No entanto ela sendo licita terá seu consumo em alta escala, e também não só os usuários, mas todos que estiverem próximos a eles, pois haverá os fumantes passivos também. Repito, a partir da droga liberada não há como ter controle sobre seu uso, mesmo que se tente passar isto para a sociedade. Se hoje, procura-se a todo custo reduzir o numero de fumantes, porque liberar a maconha, sendo que suas conseqüências são ainda mais graves do que o tabaco? Pois além das complicações orgânicas – como o tabaco – ainda há os efeitos psíquicos e sociais.

As pessoas, a sociedade não pode ser induzida ao erro por aqueles que lucrarão com sua legalização (Estado e outros). Não podem ser induzidos por aqueles que fumam maconha, ou simplesmente por aqueles que são papagaios dos ideólogos favoráveis a sua legalização. É preciso ouvir os profissionais da área de saúde. É preciso ouvir as entidades que atuam no tratamento as drogas. É necessário estar atendo vários segmentos. Enfim, é preciso entender que uma droga não se torna ilegal simplesmente por vontade de alguns, mas pelas comprovações de seus efeitos seja naquele que usa ou para toda sociedade de um modo geral. Hoje dizemos que a pior droga existe é o álcool e uma das razões porque é licita, amanhã poderemos dizer que a pior droga que há é a maconha, pela mesma razão; pense nisto.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Drogas IV




Drogas IV

 A droga chega de forma sorrateira
Fazendo da tristeza falsa alegria
Surge como inocente brincadeira
Anestesia a dor e provoca euforia.

E assim, ela vai te possuindo
Cada vez mais o corpo é dominado
Até que organismo fica exigindo
Deixa-te complemente aprisionado.

De prazer , torna-se necessidade
A alegria, transforma-se em tormentos
Rouba-te a paz, tira-te e a liberdade
Alienando-te, destruindo os sentimentos.

Ela leva tudo que a vida te deu
Faz contigo como jogo de dominó
Destrói tua família, fecha-te saídas
Envolvendo-te em emaranhado nó.

Não faça de tua vida uma aventura
Não queiras jogar  com a sorte
Pois, viverás eternas noites escuras
Que certamente o levará-te a morte. 

Ataíde Lemos
poeta e escritor

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pense:



Deixar as drogas exige mais que admissão de impotência perante ela, mas admissão de filosofia de vida.

A droga é uma das armas mais poderosa usada pelo tentador para destruir o homem, a família e a sociedade. Por isto, o tratamento também tem a necessidade de ser espiritual, para que o dependente possa tirar deste mal um grande bem para sua vida. 

Ataíde Lemos
Poeta e escritor 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Internação de dependentes adotada pela Cidade do Rio de Janeiro


Assisti ontem (26/05/2011) uma matéria no Jornal Nacional, onde a Prefeitura do Rio de Janeiro vai internar os dependentes químicos que ficam se drogando na cidade. Para os leigos ou familiares que tenham seus filhos nas ruas se drogando pode parecer ser um alivio ou uma medida que veio tarde. Pois, ela vem empacotada de um recheio gostoso, ou seja, o governo diz que vai interná-los para tratamento. Porém, acredito que a imensa maioria daqueles que atua nesta área ficou indignada com a medida e sou uma destas.

Pois bem, qualquer pessoa que atua nesta área sabe que não há tratamento involuntário. Quantos noticiários se têm de entidades que para manter seus pacientes dependentes involuntariamente usam de disciplina rígidas e até mesmo de violência? Quantas entidades que para manter uma pessoa internada involuntariamente mantém seus pacientes dopados 24 horas? Com esta medida agora não serão as entidades sociais privadas que usarão destes expedientes, mas sim o Estado.

Não quero com este comentário me solidarizar com os dependentes que não querem se tratar, ou ir contra os familiares que vivem esta situação, mas sim, como alguém que conhece esta realidade, não posso omitir minha posição, por trabalhar a mais de 13 anos no tratamento de dependentes químicos e ter ciência da grande mentira que a prefeitura do Rio está passando para a sociedade.

Há muitas maneiras de se trabalhar o tratamento de dependentes químicos sem usar do expediente que estão propondo como, por exemplo, dar atenção às famílias que tem dependente químico; dar apoio às entidades que atuam nesta área tanto na abordagem de dependentes nas ruas como as que dão tratamentos. Criar hospitais dias (HD) para atender dependentes químicos, ou seja, há muitas maneiras do Estado interferir e dar assistências sem a necessidade de prende-los para exigir que eles se tratem.

O que me parece estar por trás desta medida é limpar a cidade, pois de fato, é duro olhar para alguns lugares públicos, no centro da cidade maravilhosa e ver o retrato da incompetência, da vergonha e da desumanidade onde maltrapilhos estão vivendo uma vida sub-humana, sujando-a e enfeiando-a É preciso fazer alguma coisa para deixar a cidade bonita e jogar o lixo debaixo do pano.

Acredito que esta medida que a cidade do Rio quer adotar deve servir para que as entidades sociais que atuam nesta área levantem suas bandeira para exigir do Estado políticas públicas e o cumprimento delas, para que de fato, possa  ser promovido a  assistência para estes doentes (dependentes) como os seus familiares e assim, conseguirem livrarem-se deste câncer (drogas) que tem destruído as famílias e a sociedade.


É importante refletir que, se as entidades que atuam nesta área continuarem fazer seus trabalhos silenciosos, sem cobrarem dos poderes públicos o cumprimento constitucional em relação à Saúde o caos das drogas devem aumentar gradativamente e ai medidas como estas anunciadas e até piores ocorrerão. Nós que atuamos nesta área em amor a estes doentes, não podemos omitir nossa responsabilidade se mobilizando para exigir dos governantes políticas sérias em relação às drogas.


Ataíde Lemos
Poeta e escritor  

sábado, 14 de maio de 2011

Sempre presente


 Quando perdido me encontrava
Mostrate-me o caminho a seguir.
O irmão que comigo caminhava 
Eras tu lhe usando para me tocar.

Quando me encontrava na escuridão
Ao estar caído e quase já sem vida
Eis que surge uma luz na imensidão
Vejo suas mãos para mim estendida.

Quando senti frio e medo da solidão
Mandaste através do irmão o cobertor
Para agasalhar-me e aquecer o coração.
Vieste restaurar em minh’alma o amor.

Quando achei que não te merecia
E senti vergonha de ti se aproximar
Você se aconchegou e trouxe alegria
Mostrando-me nova estrada a caminhar. 

Quando todos se viraram contra mim
Dizendo não haver mais o que fazer 
Esteve presente, dizendo sempre sim 
Dando-me forças para superar e vencer.

Ataíde Lemos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Faz de mim um milagre




Senhor olha pra este teu servo
Que é  imperfeito
Não porque o fizeste
Mas, porque o pecado me tornaste
Porem, que te ama com imenso amor
E acredita que é amado
E que ao ser tocado
Por suas mãos pode ser restaurado.

Senhor faz de mim um milagre
Não olhes minhas misérias
Mas derrama sua misericórdia
Transforma-me num vinho novo
Lava-me com água viva
Para ter restaurado a vida
E proclamar que és o Senhor
Com atos de amor.

Senhor abre meus olhos
Como fez com o cego de Jericó
E poder enxergar as maravilhas
Que fez em mim
E seja para outros sinal
Para que glorifiquem seu nome
Voltando-se para Ti..

Ataíde Lemos

Somente me amou




Peguei minha vida e sai
Deixei para trás amigos
E pessoas que me amam
Decidi buscar a felicidade
Sem ouvir ninguém fui por ai.
Vivi alegrias, fantasias
Gastei a vida com ilusões
Até que ao me acordar
Vi-me sozinho, perdido
Doente sem forças para seguir
Resistir no meu orgulho
Mas, até que me rendi
E para traz voltar decidi
Muita vergonha do que fiz
Porem a dor mais alto falou
Quando olhei minha casa
Vi um sorriso de pai
Correndo veio ao meu encontro
Pegou em minhas mãos
Beijou meu rosto
E disse: meu filho voltou.
Vestiu-me de realeza
E nada me perguntou
Somente me amou.



Ataíde Lemos

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Internação involuntária


É comum assistirmos matérias jornalísticas sobre denuncias ocorridas em comunidades terapêuticas. Como diretor de uma de comunidade, infelizmente, sou obrigado a confirmar que isto ocorre em algumas comunidades e se deve a internação involuntária.

São comuns algumas comunidades oferecerem internações voluntárias e involuntárias e muitas delas, são entidades que possuem bons atrativos tanto para a família como para os dependentes cobrando assim, altas mensalidades. Muitas famílias na necessidade, no desespero e ao ver boa apresentação da entidade acaba internando seus entes. Porém, algumas delas para manter tais mensalidades e, a partir do fato de que tais recuperandos (clientes) não querem permanecer no tratamento usam da violência para segura-los, pois se assim não fizer estes clientes desestabilizam a instituição, bem como, tais métodos acabam servindo de exemplo para os demais. Outros agem diferentes, ou seja, mantém seus clientes dopados através de psicotrópicos, medicamentos estes que geram dependência e também podem causar distúrbios mentais irreversíveis

Sempre coloco que pode haver internação involuntária, porém dificilmente ou quase impossível haver recuperação involuntária. No entanto, uma internação involuntária tem consequências, e isto ocorre tanto nas entidades pobres que fazem internação involuntária como há nas clinicas ricas, ou seja, aquelas onde são internados filhos de deputados, grandes empresários, artistas, etc, etc.

Já ouvi vários relatos de dependentes que passaram por entidades onde contam que uma das formas também usadas para manterem seus clientes involuntariamente é fazer vista grossa em relação ao consumo de drogas nelas. Infelizmente, isto é degradante, mas não é absurdo, pois para não perderem clientes algumas entidades podem facilitar o uso de drogas.

Enfim, deixar as drogas é uma questão de vontade, e buscar internação também deve acontecer voluntariamente. Sabemos que é difícil para os familiares ver um filho ser consumido pelas drogas e que ela faria qualquer para por um fim, até mesmo interná-lo numa entidade contra a própria vontade do dependente, no entanto, seu coração sofrerá da mesma forma e ainda com um sentimento de revolta contra a entidade por pagar altas mensalidades e ainda saber que seu ente sofre maus tratos. Por tanto, às vezes é melhor buscar outros meios procurando ajudar através de instituições publicas ou privadas e assim saber como proceder. Buscar orientações por meio de profissionais da área como psicólogos. Também buscar ajuda nos grupos de mutua ajuda para famílias e assim agir corretamente para convencer ou estar preparada para quando o ente pedir ajuda e assim, não tomar medidas sobre a emoção para depois se arrepender.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tua vitória vai chegar



Tua vitória vai chegar

Vem se achegue, te consolarei
Novamente a vida te devolverei
Teu sofrimento chegou em mim
Não quero mais ver triste assim.

Sinta meu abraço em seu coração
Minha presença lhe dando proteção
Depois da tempestade vem o sol
E então, verás adiante um farol.

Não estou alheio pelo que sente
Mantenho contigo sempre presente
Basta acreditar e a mim se entregar
Que a vitória em breve vai chegar.

Foi por amor que lhe dei a vida
És a mais preciosa obra erguida
Por isto, tenha a certeza do amor
Que vence e supera qualquer dor.

Ataíde Lemos

O abraço do Pai


 
Há horas que pensamos em desistir
Parece que Deus não quer nos ouvir
Torna-se pesada demais a nossa cruz
Olhamos no horizonte e não vemos luz.
 
Há horas que a dor é difícil de suportar
E sentimos vontade de tudo abandonar
Os olhos cegam e ficamos sem direção
Perdemos esperança, sentimos sem chão.
 
Do nada, somos acolhidos por um abraço
É o amor de Deus que vem nos confortar
E abrir nossos olhos fazendo-nos caminhar.
 
O amor do Pai não é ausente ao sofrimento
Ele sente nosso cansaço, lê os pensamentos
Nele encontramos o alívio e força para seguir.
 
Ataíde Lemos

domingo, 17 de abril de 2011

O tempo de Deus não é o nosso




O tempo de Deus não é o nosso


Por mais que dizemos que ter Fé; que acreditamos em Deus, há momentos que nos sentimos fracos e chegamos a questionar algumas vezes a Sua existência. É comum isto ocorrer quando sofremos algumas decepções; quando passamos por alguma doença grave entres outras situações de sofrimentos.


Quando nos encontramos diante um problema sério em nossa família buscamos nas orações, numa maior participação de vida espiritual, no entanto a resposta não vem. No entanto, quando desanimamos e já começamos a acreditar que Deus não está ouvindo nossas orações as coisas começam a encontrar soluções. Parece que Deus nos ouviu. Resplandecemos de alegria e a dor do cansaço da espera passa rapidamente.


O tempo de Deus não é o nosso, já diz Palavra, mas, nem sempre nos damos conta disto. Por outro lado, também é preciso que o sofrimento nos leve a um crescimento seja humano, seja espiritual, pois, se isto não ocorrer não valeu a pena passar por ele, pensando assim, devemos ter a sabedoria de enquanto estiver nele aprender com ele.


Quantas e quantas vezes saímos fortalecidos das dificuldades as quais atravessamos e tornamos outras pessoas? Quantas vezes um fato circunstancial é capaz de tornamos bem melhor que éramos, como, por exemplo, amadurecermos, sermos mais caridosos, amáveis, menos orgulhoso e egoísta, menos preconceituosos? Quantas vezes por determinados sofrimentos passamos a valorizar muito mais nossa dimensão espiritual?


A pedagogia de Deus é nos ensinarmos a crescer a partir de nós mesmo. Fazer com que percebamos nossos limites e que compreendamos que somos capazes de superar os obstáculos criados não raramente pelas nossas atitudes, comportamentos e falta de amor próprio.


Não conheço nenhuma pessoa que recorreu a Deus e que não tenha sido atendida. No entanto, é preciso entender que Ele age de maneira diferente para com cada filho. Pois, conhece cada um em particular, sabendo o tempo e o momento certo de agir.


O que não podemos é perder-se diante do sofrimento, e querer buscar respostas onde elas não existam. A qualquer custo querer resolver um problema circunstancial que certamente no futuro poderá trazer conseqüências graves seja numa vida humana, seja na vida eterna.
Penso que todos nós um dia já tivemos de uma forma ou outra a manifestação da Ação de Deus, seja por uma graça atendida pessoalmente, ou a alguém que roguemos. Isto já seria o suficiente para acreditamos que Deus faz. Que Deus está atendo a nossas necessidades, não se mantendo indiferente aos nossos pedidos. Mas, como disse anteriormente, tudo deve acontecer no tempo de Deus e não no nosso.


Algo interessante e que podemos observar é que diante o sofrimento, mais aproximamos de Deus. Mais nos recorremos às orações; mais intensificamos nossa vida espiritual. Olhando por este lado, o sofrimento como foi dito nos proporciona um maior tempo na presença de Deus assim, ainda que não sendo atendido ao nosso tempo, encontramos a força necessária para transpor as dificuldades temporais.
Ataíde Lemos
Poeta e escritor 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tributo a Padre Israel




Tributo a Padre Israel

Deus de volta chamou
Aquele que tanto o amou
O qual teve uma missão
Ajudar levantar seus irmãos.

Um homem de fé e de amor
Qual todo sacerdócio foi dedicado
Para com os que sofrem a dor
Os quais a droga havia adotado.

Um homem que jamais esmoreceu
Mesmo diante as dificuldades
Pois, o propósito de Deus ele entendeu
E Nele colocou toda sua vontade.

Padre Israel, um exemplo a seguir
Do que é ser o reflexo da Luz
Sem medo, com coragem fez refletir
O amor na Fazenda Senhor Jesus.

Ataíde Lemos

domingo, 10 de abril de 2011

Tratamento involuntário para dependência química


Sempre tenho colocado que internação para tratamento de dependência química involuntária não resolve, ou seja, não leva a pessoa a deixar as drogas, pois tratar-se de dependência química exige vontade própria; exige determinação; exige consciência de que precisa sair das drogas. Enfim, o tratamento a dependência exige uma decisão do dependente.

Em mais de treze anos atuando no tratamento, até hoje nunca vi um adolescente, jovem ou mesmo adulto entrarem na entidade involuntariamente conseguiram vencer as drogas, pois eles deram um jeito de sair de varias formas como fugindo ou manipulando seus familiares que estavam sendo maltratados na entidade, ou ainda, se fazendo de curados, enfim, criando varias situações que o levaram a abortarem o tratamento.

Quantas e quantas vezes passamos constrangimentos por tentarmos manter um recuperando na entidade sem à vontade dele. Quando uma pessoa está em tratamento através de internação e não quer ele desestabiliza toda a entidade; apronta com os membros; arruma confusão com os coordenadores; não cumpre as regras estabelecidas, ou seja, ele se torna uma pessoa indesejada por todos, além do que, ainda acaba levando outros abandonarem também o tratamento.

Portanto, como colocado em outros artigos somente há duas formas de manter uma pessoa involuntária numa entidade ou clinica para tratamento, isto é, ou se mantém a base de medicamentos ou com uma disciplina muito rígida. No entanto, estas duas alternativas não vão fazer com que este dependente saia das drogas, pois a rigidez acaba provocando violência, fato que jamais pode ocorrer e o medicamento pode levar o dependente tanto se tornar dependente destas drogas ou ainda desencadear uma doença psiquiátrica irreversível.

Mas ai fica o questionamento: o que fazer? Deixar morrer nas drogas? Evidentemente que não se deve permitir que um filho, um ente morre nas drogas mantendo-se inerte, ou seja, é preciso agir. No entanto, esta ação deve ser através de busca de instituições que podem ser governamentais ou privadas que atuam nestas áreas. Também é importante que os pais procurem entidades de suporte como o Amor Exigente, Pastoral da Sobriedade e tantos outros grupos que lhe possam dar suporte emocional e informações de como agir para ajudar seus entes a procurarem tratamento.

Varias entidades de tratamento de dependência química que paralelamente possuem grupos de resgate, onde através de casas de apoio aos dependentes químicos fornecem alimentação, banhos e que através destas ações também fazem um trabalho de convencimentos para que aqueles passam por elas busquem tratamento, porém de forma voluntária. Entidades que no primeiro momento curam as feridas, mas que através de uma pedagogia de acolhimento levam estes dependentes despertarem para o tratamento.

Portanto, o procedimento correto para familiares que estão desesperados com seus filhos nas drogas e não querem se tratar é procurar ajuda nas instituições públicas ou entidades para possam ter assistência profissional ou de pessoas que passam ou passaram pela mesma situação e assim, encontrar as ferramentas corretas para convencer seus entes a buscarem tratamentos. Enfim, jamais pode perder a esperança ou abandonar seus entes a própria sorte.

Ataíde Lemos
Escritor, poeta
Autor dos livros Drogas um vale escuro e grande desafio para família
O Amor Vence as Drogas

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Propósito de vida



Ao fazer uma reunião de grupo com os recuperandos numa comunidade terapêutica abordei o tema “Propósito de Vida”. Pois, conseguir superar as drogas é fundamental uma reformulação de conceitos para se construir um novo estilo de vida onde algumas metas devem ser traçadas visando deixar o passado para trás.

Um futuro se constrói no presente e o passado deve apenas ser analisado como referencia para que não se permita volta-lo, já que isto implica em recaídas.

O sofrimento quando é extenso, perde-se a referencia de sua proporcionalidade, ou seja, a pessoa não se dá conta do tamanho de sua dor. Isto ocorre com a pessoa dependente, isto é, muitas vezes um dependente não consegue ter a dimensão do tamanho das perdas que ocorrem na sua vida. Ele não consegue ter a dimensão do estrago que a droga lhe está proporcionando em relação sua saúde, sua vida social e emocional e assim, ele não procura de uma maneira efetiva trabalhar na sua sobriedade.

Deixar as drogas requer um esforço grande em mudar um emocional que está mórbido, mas que não se da conta disto, pois a mente vai se condicionando ao estilo de vida do meio em que o dependente vive na sua vida ativa nas drogas, ou seja, o ambiente, os amigos de adicção, o estilo de vida que os dependentes químicos vivem o condiciona a ter uma visão deturpada e míope da sociedade.

Para aqueles que são dependentes ou vivem o mundo da adicção suas referencias normalmente são aqueles que também fazem parte do meio em que vivem, e os que estão fora deste grupo são os caretas, ou seja,  aqueles que não usam drogas. No entanto, a partir de um tratamento esta visão deve ser mudada, isto é, os que devem ser referencia a partir de então para eles são os caretas, porém, isto se torna um grande desafio.

Um propósito de vida para que seja fortalecido e atingido exige perseverança, mudança de hábitos, determinação e acima de tudo viver um dia de cada vez sabendo onde quer chegar. Também exige humildade para reconhecer que precisa mudar seus pensamento e aceitar que não é o centro, mas faz parte de um meio, ou seja, é preciso integrar-se à sociedade consciente que terá bons e maus momentos.

A droga condiciona o corpo e a mente de um dependente, levando-o a imaginar ser incapaz de viver sem ela. No entanto, a partir do momento em que o dependente assume mentalmente que pode superá-la e passa a adquirir um novo propósito de vida procurando ocupar-se tanto fisicamente como mentalmente com outros pensamentos, atividades e procurar-se inserir em novos grupos de relacionamentos, adquirindo novas amizades e se fortalecendo espiritualmente aos poucos vai se libertando e descobrindo que pode viver sem ela.

Ataíde Lemos
Escritor, poeta e palestrista

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vêm não temas



Você que entrou num mundo tão desconhecido
Emaranhou-se nele e agora se encontra perdido
Já não sabe mais o que e como fazer para voltar
Não tenhas medo, eu estou aqui para lhe ajudar.

Entrega-se e confia em mim, dê-me seu coração
Estarei junto a ti, levantarei lhe pegando pela mão
E junto levar-te-ei para um novo caminho de paz
 Assim não mais chorarás sentindo perdido jamais.

Meu amor sempre estará pronto para te oferecer
Por isto, não tenhas medo e nada precisa temer
Meu coração protegerá sendo para você abrigo.

Pode se aproximar e descanse em meu ombro amigo
Na cruz levei todas suas dores, medos e enfermidade
Não há o temer, com meu sangue dei lhe a liberdade.
Ataíde Lemos

domingo, 20 de março de 2011

Drogas II




Vejo jovens se drogarem
E muitos me perguntarem
Por que entrar neste caminho?
Se já se conhece o destino!
 
A droga é uma ilusão
Aquele que a procura
Usá-la é insana decisão
Cometendo grande loucura.
 
Mesmo as pessoas sabendo
Cuja dependência não tem cura
De solução ela torna-se veneno
Mas vão atrás de aventuras.
 
Drogar-se, na busca de solução
É desconhecer a verdade
É agir não enfrentando a razão
Querendo fugir da realidade.
 
Mas, muitos adolescentes
Na busca de descobertas
De maneira inconseqüente
Entram por estas portas abertas.
 
Quem ama se cuida
Não escolhendo esta estrada
Por saber que não leva a nada
Ou melhor, traz doenças muitas.

Ataíde Lemos

terça-feira, 1 de março de 2011

A dependência química na família


Sempre sou procurado por familiares aflitos, desesperados por estarem enfrentando em seus lares problemas relacionados às drogas, ora é um filho, vezes um cônjuge.

Infelizmente me encontro num profundo dilema, pois o desejo é poder dar uma solução prática, objetiva, no entanto, o problema já está generalizado com grandes dimensões de desestabilidade emocional na família e com varias conseqüências sociais e psicológicas atingindo toda ela. Trabalhar para ajudar nestes casos é começar ajuntar os cacos com a esperança de conseguir apontar algumas direções.

Auxiliar nestas situações torna-se complicado, pois, devido aos rumos tomados pela dependência e a co-dependência instaurada, nos fogem as palavras, fazendo-nos sentir impotentes nas orientações devido à desestruturação clara observada por causa da dependência na família e também o total desconhecimento dela sobre o assunto.

Algo difícil, mas que as famílias precisam aprender é informa-se, participar de programas de prevenção, ou seja, iniciar um processo de conhecimento sobre dependência, visando a prevenção evitando comprometimentos maiores no futuro.

No caso, quando existe o problema relacionado as drogas, primeiramente a família deve assumir que há este problema ainda que inicial, e assim, procurar ajuda e não cair na falsa ilusão de que tudo vai passar ou mesmo fingindo nada estar acontecendo.

Sempre em minhas abordagens, procuro de maneira serena tranquilizar aqueles que me procuram, orientando-os sobre o que está ocorrendo com o ente dependente e que não se deve alarmar. Este ente encontra-se doente e está necessitando de ajuda, e esta ajuda terá que partir dele. Cabe aos familiares serem os condutores estando preparados para quando surgirem às oportunidades de ajudá-lo. Procuro também passar aos familiares a desmistificação da doença, das drogas para não ficarem se auto culpando, se auto flagelando pela dependência do ente. Estes momentos não são horas de lamentações ou sentimentos de culpas, de auto piedade e sim de encontrar soluções. Algo fundamental que este momento exige é antes de querer ajudar o ente procurar ajudar a si próprio.

Devido ao longo período da adicção, certamente a família se encontra doente também. É a partir desta busca de tratamento da família que se consegue redirecionar ações para dar suporte real ao ente dependente.

É necessário que pelo menos algum membro da família ou um do cônjuge esteja bem, para conduzir toda a situação e tenha o controle da circunstância. Esta pessoa precisa ter em mente que a todo o momento necessariamente sua sobriedade será exigida.

Não existe uma formula, uma receita pronta para trabalhar a dependência manifestada dentro do âmbito familiar, pois tudo é uma faca de dois gumes (cada caso é um caso), algumas atitudes tomadas podem dar certo para uns e não para outros depende de vários fatores como o auto conhecimento, a estrutural emocional da família, do grau de comprometimento da doença, a idade do dependente, a estrutura social da família bem como do usuário, o nível de co-odependencia. Enfim, depende de um conjunto de fatores.

Segundo meu pensamento, a maneira eficaz que pode ter resultados mais satisfatório seriam estes em relação a família:

1. Encarar a dependência com naturalidade, assumindo-a como doença e buscar tratamento.

2. Buscar meios de auto ajuda para trabalhar a co-odependencia a fim de manter-se a sobriedade.

3. Tomar atitudes prudentes e não deixar ser envolvido pela emoção ou sentimentalismo.

4. Imunizar contra as manipulações que certamente ocorrerão por parte do ente dependente (característica própria da dependência).

5. Buscar de todas as formas a coesão entre os cônjuges.


6. Despir-se do preconceito interior e social buscando sempre informações sobre o assunto.


7. Sejam quais rumos caminharem estar sempre atento e preparado para as tomadas de atitudes.

8. Fomentar a espiritualidade, entregando sem reservas ao Poder Superior e acreditar que vai superar o momento.

Enfim, uma das necessidades fundamentais para conseguir objetivos positivos para superação de uma dependência na família, é aprender com o próprio usuário, pois ele mesmo pode fornecer ferramentas e mecanismos que serão usados para ajudá-los nas oportunidades que surgirem.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Frases sobre drogas


     A droga inicia como um bem, se instala como uma necessidade e finda como um câncer.

     Quem não percebe a mentira que é a droga, faz de sua vida uma grande mentira.

     O Álcool é a porta de entrada para as drogas ilícitas e a porta de saída para a vida.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Humildade, aceitação, amor próprio e objetivo de vida



Quatro fatores são fundamentais para aqueles que estão em tratamentos de dependência química  e que devem ser refletidos, são eles: humildade, aceitação, amor próprio e objetivo de vida.

Humildade: Não há como entrar num processo de mudança de mentalidade. Não há como trabalhar as emoções, os traumas sem humildade. O fundamento do 1º passo está na humildade em aceitar-se impotente perante a droga e o álcool como também a impotência no controle da vida, ou seja, a humildade é essencial para aquele que se inicia no tratamento, bem como deve manter esta virtude sempre elevada para que a vaidade e o orgulho não o leve a uma recaída.

Aceitação: Aceitação caminha lado a lado com a humildade, ou melhor, é pela aceitação que se mede o grau de humildade. Ao buscar um novo caminho, primeiramente é fundamental aceitar a caminhar nele. Uma pessoa dependente está sem o controle de sua vida emocional e física, sendo assim, é preciso reaprender a adquirir este controle, porém, neste reaprendizado é necessário aceitar ser conduzido. É necessário aceitar que o tratamento o qual está inserido é uma pequena comunidade o qual todos estão ali para crescerem e, para este crescimento é necessário aceitar e integra-se no tratamento; aceitar os recuperandos, aceitar sua condição de doente naquele momento, e que sua doença somente pode ser controlada com seu entendimento de que ela é mais forte que ele, ou seja, ele permanecerá sóbrio segundo a aceitação de que não pode tomar o primeiro gole ou trago, etc.

Amor próprio: Se não gostarmos de nós, quem gostará? A dependência química leva o dependente não gostar-se de si mesmo. Leva-o a acreditar que ele não tem valor algum. É muito comum ouvir este tipo de comentários de dependentes químicos que estão altamente comprometidos com a doença. Portanto é preciso que este estado psicológico seja revertido, isto é, a partir da humildade, da aceitação deve iniciar um processo de crescimento emocional levando o dependente elevar sua auto-estima. Na verdade, uma das características da dependência é a baixa auto-estima.

Amor próprio é olhar para si mesmo e dizer: “eu me amo, eu não posso e não quero continuar a me destruir”. Certamente, para que ocorra amor por si mesmo é necessário reconhecer-se como alguém importante diante aos seus olhos e aos olhos de Deus. O amor próprio somente pode ser adquirido quando cura-se feridas interiores. Quando tem coragem de fazer um inventario e eliminar coisas que se considerava boa, mas que no fundo o levava a destruição.

Objetivo de vida: Sem sonhos, sem um objetivo de vida nós enquanto Seres humanos ficamos vulneráveis a cair na armadilha do momento, nas armadilhas dos sentimentos. No caso do dependente químico que está sem a droga, certamente, abre-se um vazio existencial pela falta da droga. Neste sentido, ele precisa preencher este vazio e isto se dá também através de seus objetivos de uma vida melhor, de uma vida sem droga.

Quando sabemos onde estamos, o que queremos para nós e onde queremos chegar, certamente, nossas energias são canalizados e acabamos por preencher nossos espaços vazios. Enfim, para alguém que deseja vencer as drogas é essencial que ele tenha projetos de vida e trace metas para conquistá-los.

No livro Drogas um vale escuro e grande desafio para família dou continuidade sobre este assunto e outros mais, para adquiri-lo basta entrar em contato.

Ataíde Lemos

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Superação



Sempre há tempo para se aprender
E jamais deixar de buscar a superação
Não há nada que nos impede de viver
Quando não se entrega ao medo e a solidão.

Nenhuma limitação pode impedir-nos de sonhar
Apenas aquela que deixamos nos dominar
A qual se encontra em nossa própria mente
Quando acreditamos não haver como seguir em frente.

Quando desejamos vencer e superar nossos limites
Todas as forças que precisamos para ser vencedores
Está na vontade e humildade em acreditar que existe.

A grande vitória que alguém ao superar os limites deixa
É seu exemplo para que outros também possam seguir
Sua conquista torna-se modelo para tantos que estão a desistir.
  
Ataíde Lemos

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tratamento a dependentes químico via comunidade terapêutica


Gostaria de fazer algumas colocações – segundo meu entendimento – contribui para que uma pessoa que seja dependente químico consiga encontrar a “cura”, por meio de Comunidade Terapêutica. Coloquei cura entre aspas por entender que dependência química não há cura definitiva, mas sim, um estado de sobriedade.

Pois bem, normalmente, uma Comunidade Terapêutica, o tratamento se dá baseada num tripé; Espiritualidade, Laborterapia e Reuniões de Grupos.

Este tripé proporciona o recuperando trabalhar seu biológico, seu emocional e por fim, seu Eu, enquanto um Ser místico.

Outro dado importante a se ressaltar é que Comunidades Terapêuticas, via de regra, evita o tratamento através de medicamentos fármacos, por entender, que nestes casos o que se está fazendo é; trocando uma droga por outra, no entanto, há casos que são necessários, porém são acompanhados por profissionais da saúde.

Laborterapia: a laborterapia tem como fundamentos à eliminação das drogas existente no organismo, bem como, iniciar um processo de reeducação biológica, haja vista que normalmente os dependentes químicos acabam criando hábitos que causa tanto uma disfunção psicológica quanto biológica. Ainda é necessário frisar que a laborterapia provoca ocupação física e mental, proporcionando o recuperando cansaço e por conseqüência, reorganizar seu sono e não ocupar a mente para fique pensando na sua vida de drogadição.

Espiritualidade: todo Ser humano necessita encontrar determinadas respostas para si que somente pode ser encontrada por meio da espiritualidade, ou seja, é fundamental que haja um desenvolvimento espiritual, pois é através da espiritualidade que as pessoas passam a direcionar a vida, se relacionar consigo mesmo e com os outros. É por meio da espiritualidade que as pessoas se abrem a buscar suas curas físicas e emocionais. Enfim, o desenvolvimento espiritual leva as pessoas a mudarem seus relacionamentos interpessoais se abrindo para uma nova dimensão de vida. Em suma, para o sucesso tanto da laborterapia como das reuniões de grupos é fundamental haver este desenvolvimento espiritual.

Reunião de grupos: pois bem, devemos analisar as reuniões de grupos abordando três aspectos fundamentais, ou seja, a questão psicológica, filosófica e educacional. Psicológica; para a construção de um presente visando um novo futuro é necessário reavaliar a vida e os comportamentos, isto é, o dependente precisa se conhecer, precisa superar seus traumas, suas deficiências emocionais, seus complexos de superioridade e inferioridade e isto se dá por meio da psicologia. Filosófica; depois de se conhecer e aprender a trabalhar seu emocional é fundamental construir uma nova filosofia de vida, não dá para ser diferente continuando no mesmo, ou seja, é necessário passar a ter uma nova visão de mundo, um novo perfil de futuro é isto se dá por meio de questionamentos e buscas. Toda relação com um novo que o dependente começa a construir está relacionada à filosofia de vida. Por fim, o terceiro aspecto é a educação, ou seja, é necessário conhecer o que é dependência química, como a doença inicia quais são seus sintomas, o que ela causa tanto no organismo englobando o sistema nervoso central como no psíquico.

Como podemos observar, o tratamento químico é complexo. No tripé que foi colocado no inicio exige uma total entrega do recuperando ao tratamento. Muitas vezes o fracasso se dá pela não sintonia deste tripé estabelecido. Porém, quando o recuperando está com firme propósito em deixar as drogas ou o álcool procurando assumir todas as etapas e todos os pontos básicos do tratamento não tem como fracassar, ou seja, ele consegue vencer as drogas.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Estado é mercenário em relação às drogas



Li uma matéria hoje (05/01/2011) no site da UOL, e não me contive em escrever este artigo. A manchete da noticia é: “Novo ministro da Justiça apóia discussão sobre descriminalização do uso de drogas”. Na minha opinião o Estado é mercenário, ou seja, tudo que for possível se fazer para que entre mais dinheiro nos cofres públicos o governo faz, independente se é para o bem da sociedade ou não, no entanto, que seja bom para os cofres públicos, a fim de, que aumente o faturamento para a corrupção.

Esta realidade fica muito nítida quando observamos de como o governo age em relação às drogas lícitas (álcool e tabaco). O governo sobretaxas estes produtos, arrecadando valores altíssimos em impostos, no entanto, é muito tímida sua ação quando o caso é promover leis para restringir as publicidades dos mesmos como também dar atendimento aos que adoecem. Uma Lei para conter a publicidade leva anos para ser aprovada e isto quando ocorre.

Como colocado acima, o Estado não faz quase nada quando o caso é tratamento. Todos aqueles que tem problemas com álcool na família, conhece muito bem. Infelizmente, há pouquíssimas clínicas públicas para tratamento de álcool e as organizações não governamentais, em sua grande maioria não recebem verbas públicas para atenderem seus pacientes. Quando o assunto é tabaco, a situação é a mesma. Todos sabemos que grande parte daqueles que adquirem câncer é proveniente do cigarro, no entanto, este tipo de tratamento é muito obsoleto, ou seja, poucos são as cidades de atendem este tipo de doença. No entanto, o governo pensa apenas em lucrar com as drogas lícitas, sem compromisso em reverter grande parte dos impostos destas drogas para promover a saúde dos que acometem doenças provenientes do uso. Em suma, as empresas e o Estado lucram bilhões e a sociedade fica com o ônus do tratamento e do caos social proveniente das drogas.

O governo agora pretende trazer para discussão pública a descriminalização das drogas ilícitas. É interessante que esta vontade surge a partir dos fatos que vem ocorrendo na cidade do Rio de Janeiro, ou seja, a partir do momento que o Estado começa um desmonte dos traficantes, parece que deseja entrar no negocio, pois, já que está diminuindo a concorrência, porque não lucrar com isto, já que as pessoas não vão parar mesmo de usar drogas? Enfim, o governo, com uma discussão demagógica procura incitar a sociedade para aceitar o consumo de drogas ilícitas sem se importar com o problema maior que é a questão de saúde e da desestrutura social e familiar que as drogas provocam visando apenas lucrar com os altos impostos, pois, certamente taxará tais drogas com a mentira que tais taxas é para promover a saúde dos dependentes.

As entidades de saúde e sociais que atuam nesta área sejam aquelas que trabalham na prevenção ou as que promovem tratamentos e também as entidades religiosas precisam ficar atentas com a manobra que o Estado procura fazer, pois para ele, não importa os efeitos das drogas em termos de saúde ou mesmo social, mas sim, os bilhões que entrarão nos cofres públicos para enriquecerem com maior caixa para a corrupção.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor

domingo, 2 de janeiro de 2011

A violência das drogas e sua legalização



Gostaria de abordar um tema sobre as drogas e a violência gerada tanto pelo tráfico quanto aquela que ocorre pelo seu consumo e a sua legalização.

Uma das bandeiras levantadas por aqueles que defendem sua legalização, está na violência que a ilegalidade provoca, porém, não pelo seu consumo, mas sim, pelo tráfico, ou seja, a droga gera muitas mortes, alicia muito jovem e adolescente ao mundo do crime. Estes são os argumentos pelos defensores da legalização.

No entanto, com o que está havendo na cidade do Rio de Janeiro em relação à ação do Estado junto aos traficantes este argumento – violência gerada pelo tráfico – começa a cair por terra, pois até o presente momento, podemos observar que este tipo de violência diminuiu sistematicamente nas principais regiões dominadas pelos traficantes. Lugares estes que haviam uma enorme violência devido ao tráfico de drogas.

Por outro lado, sabemos que nem os consumidores de drogas e nem os dependentes químicos deixaram de fazer seu uso, ou seja, a violência que ela provoca devido ao seu consumo se mantém. Violência que está na família, nas comunidades, no trânsito, etc. A violência que desestabiliza a sociedade e, por conseguinte, a todos e o qual o Estado não tem como exercer uma ação em curto prazo, mas somente a médio e longo tempo trabalhando efetivamente para a diminuição da demanda por meio de projetos de prevenção e também na ação imediata oferecendo tratamento aos dependentes químicos e na contínua tarefa de combater o tráfico de drogas.

A violência que as drogas provocam devido ao seu consumo é infinitamente superior e mais prejudicial à sociedade que a provocada pelo tráfico, haja vista, que a violência provocada pelo consumo destrói a família que por, consequencia, vai degradando toda uma sociedade ao longo do tempo, destruindo valores essenciais e fundamentais para a dignidade humana. Ceifando adolescentes e jovens, bem como, destruindo toda uma sociedade em seus valores culturais, sociais e espirituais.

Outro fato importante a se destacar está na imposição por meio de leis para diminuir a violência das drogas, isto somente não funciona, mas sim, uma imposição somando com trabalhos de educação, ou seja, leis apenas não funcionam se não haverem projetos de nível educacional para a formação e conscientização da gravidade que são as drogas e a responsabilidade que deve haver ao ingerir drogas lícitas como o álcool e o tabaco. Um exemplo clássico e recente que se pode citar sobre a violência provocada pelo consumo da droga licita (álcool) é a lei denominada Lei Seca. Está evidenciado que, embora, foi feito um grande marketing em sua implantação, não fez com que os motoristas parassem de ingerir álcool e pegar no volante, pois, aquele que bebe e não tem responsabilidade ou aquele que tem problemas de alcoolismo continua a pegar o carro embriagado. É notória a quantidade de mortes que estão sendo provocados pela mistura de álcool e volante.

Finalizando, a discussão da legalização das drogas ilícitas a despeito da violência que ela provoca sobre a ótica do trafico acaba de ser derrubada quando observamos que esta violência diminuiu sistematicamente no Rio de Janeiro, no entanto a violência provocada pelo seu consumo continua num estado crescente, por isto, não a sua legalização.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Para conhecer meus livros acessar
http://www.ataide.recantodasletras.com.br/livros.php

Comunidade Terapêutica Jeová Shalom

Gostaria de deixar neste tópico informações para aqueles que tem problemas relacionado às drogas e deseja tratamento.Somos diretores uma entidade para tratamento a dependentes químicos chamada “Comunidade Terapêutica Jeová Shalom”.Já atuamos nesta área de tratamento há quase 12 anos.
Para maiores informações aqui estão dados da entidade para aqueles que estão a procura de tratamento.

· A entidade se localiza na cidade de Ouro Fino sul de Minas Gerais, está há 200 km de São Paulo, 480 km do Rio de Janeiro e 490 km de Belo Horizonte. A instituição trata apenas o sexo masculino.

· A instituição é evangélica: Isto não significa que somente atende a evangélicos, pelo contrario, a entidade recebe todos sem distinção de credo, raça, etnia, etc. no entanto, os princípios da espiritualidade é Cristã.

· É proibido fumar cigarro de tabaco. Segundo entendimento da entidade tabaco é também uma droga que precisa ser combatida. Muitas vezes o próprio uso do cigarro acaba sendo um fator de levar o dependente a ter suas recaídas.

· O tratamento se dá através do tripé; Laborterapia, espiritualidade e reunião de grupos. A reunião de grupo é subdividida em palestras, dinâmicas e os doze passos.

· O tempo de duração do tratamento é de seis meses divididos em: dois meses para desintoxicação, dois para conscientização e mais dois anos destinado a ressocialização.

· Embora a entidade esteja registrada nos órgãos públicos, como ocorre com a maioria das Comunidades Terapêuticas não recebe verbas dos poderes públicos e como tem que se manter, ela pede a titulo de doação uma contribuição de R$ 250,00 mensais para poder custear as despesas de manutenção da instituição.

Pois bem, estas são as informações básicas, caso há interesse basta entrar em contato:
potifar@hardonline.com.br

Presidente:
Apostolo Profº Roberto Wagner Alves Ferreira