Palestras Sobre Drogas

Há 12 anos sou voluntário na área de Dependência Química, atuando no tratamento por meio de Comunidade Terapêutica. Tenho alguns livros publicados “Drogas um vale escuro e grande desafio para família" e "O amor vence as Drogas”, e mais de uma centena de Artigos relacionado a este tema.


Faço palestra sobre Dependência Química. Aqueles que desejarem basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ckack uma droga em discussão






















          O ckack não é uma droga nova, há quase duas décadas vem destruindo adolescentes e jovens. Segundo estatísticas, não são mais os adolescentes os consumidores desta droga, ela já atinge faixas etárias entre 35 a 45 anos. Certamente, esta faixa etária está relacionada ao tempo em que ela surgiu.

           A questão é que, durante muitos anos os usuários desta droga eram usuários da classe pobre. É importante ressaltar que o ckack é o subproduto da cocaína e tem seu preço baixo, portanto é de fácil acesso de dependentes de baixo nível econômico, porém, seu custo baixo é uma ilusão, pois o uso produz um efeito avassalador no sistema nervoso central, mas de pouca duração, levando o dependente após o efeito consumir outra logo em seguida e assim consecutivamente. Enfim, a fissura é tão grande que leva o usuário usar muitas pedras em pouco espaço de tempo.

          É importante também dizer que há todo um ritual em consumo do ckack e algumas características que leva o dependente manter-se um comportamento de risco a sua vida constantemente.

          O ckack leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.

          Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.

         O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.

          Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.

         Com o passar do tempo o ckack deixou de ser droga da classe pobre, sendo usada também pela classe mais elevadas. Certamente este também tem sido o motivo da mobilização da sociedade está se fazendo em relação ao ckack, promovendo discussões e até mesmo se pensado em fazer Leis para procurar minimizar sua demanda fanççando o tratamento dos dependentes desta droga.

          É triste constatarmos que somente quando a classe mais elevada economicamente da sociedade é atingida por algum tipo de droga que ocorre toda uma mobilização, mas como diz o ditado, "de todo um mal Deus tira um bem". Isto é, a partir desta realidade talvez agora as classes mais pobres podem ser beneficiadas.

Ataíde Lemos
Autor dos Livros escuro Drogas um vale e grande desafio para familia
O Amor Vence de Drogas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Projetos de prevenção às drogas para pais














          É na família que se constrói a base da sociedade, pois é nela que ocorre a formação valores éticos, morais e espirituais. Certamente é esta educação responsável pelo caráter do Ser humano.

          Pois bem, um fato que constatamos é que, muito embora a dependência química deforme o caráter do dependente, isto é, ele deixa de lado parte de sua educação constituindo uma outra mórbida, ela não destrói por completo toda esta formação recebida. Outro fato interessante é que, é a partir desta educação familiar recebida que se obtém maiores resultados positivos tanto para aqueles que estejam em tratamento como também colabora para que o dependente tome a iniciativa de procurar solução para a doença adquirida.

          Os que mais sofrem com a dependência química são os pais – no caso de serem filhos dependentes. No entanto, são os pais que conseguem mais êxito na busca de tratamento, pois são eles os primeiros a receberem o pedido de ajuda dos filhos.

          Porém, o que observamos é que, infelizmente, os pais somente dão conta da dependência de seus filhos quando estes já se encontram num estagio avançado da doença e, por conseguinte, estão completamente despreparados para ajudá-los de maneira correta e assim, torna-se co-dependentes com grande facilidade.

          A grande maioria dos pais não conhece os sintomas do uso de drogas, ignorando atitudes estranhas dos filhos. Não procuram se informar sobre dependência química com participações em palestras ou lendo literatura sobre o assunto. enfim, agem como se o problema da droga estivesse somente na casa do vizinho.

          Também podemos observar que existe uma falha enorme do Estado em relação a projetos de prevenção às drogas para pais. Observamos que existem alguns projetos direcionados aos adolescentes, jovens, mas são raros projetos de prevenção as drogas aos pais. Em suma, falta orientação a eles de como prevenir que seus filhos entrem nas drogas.

          Normalmente, o acesso às drogas ilícitas (maconha, cocaína, ckack e outras) inicia pela licitas como o álcool e não há nada de projetos, oriundo do Estado em nível de mídia que oriente os pais, a não ser a lei existente que é proibido vender bebida as menores, que também não se dá publicidade a ela.

          A dependência química não ocorre de um dia para o outro. Muito embora,o ckak seja uma droga de grande poder de dependência ela não é uma droga de iniciação do adolescente. Sendo assim, para se chegar até ela o jovem já passou pelo álcool, pela maconha e infelizmente, o despreparo dos pais não os deixa perceber toda a mudança de comportamento e emocional que ocorre em seus filhos ao longo do tempo de uso, ao ponto que darem conta somente quando eles iniciaram no ckak.

          Enfim, trabalhar a prevenção às drogas é necessário que os projetos atinjam adolescentes e jovens como também as famílias. Todos sabemos o quanto é difícil alguém que envereda nas drogas consiga liberta-se, sendo assim, o melhor caminho é diminuir a demanda que ocorre por meio da prevenção.


Ataíde Lemos


Autor dos Livros escuro Drogas um vale e grande desafio para familia
O Amor Vence de Drogas



sábado, 8 de maio de 2010

Chegou tua hora



 







Em teu olhar vejo uma luz brilhar
Em tuas palavras sinto desejo de mudar
Parece já não mais agüentar
A vida, que até então, escolheu pra trilhar.

Sinto que se rendeu as tentativas
De se iludir e brincar com vida
Parece que precisa encontrar a saída
Para não viver de forma dividida.

Agora; é preciso não se iludir
Acreditando que desta é fácil sair
É necessário altivez e coragem para perseguir
No instante que a fissura ocorrer não desistir.

Serão inúmeros os momentos
Que surgiram desejos, maus pensamentos
Vontades mascaradas nos sentimentos
Para que abandone o tratamento.

Porém, com propósito e vontade de vencer
Mantendo a perseverança irá perceber
Que para ser feliz não é necessário viver
Drogando-se, inutilmente de si se esconder.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Internação involuntária é sinônimo de prisão







 



          A internação involuntária do dependente químico, nada mais é do que uma maneira sutil de prisão, isto é, retirar do meio da sociedade o dependente químico. Enfim, retornar ao passado onde o dependente químico era considerado doente mental, em outras palavras, um louco.

          Qualquer profissional de saúde que atua nesta área sabe que internação involuntária não resolve, não leva a pessoa deixar a dependência. Isto é, para que alguém vença a dependência química é fundamental o desejo partir dele.

         Atuo nesta área a mais de 12 anos e nunca presenciei alguém deixar as drogas por imposição, pelo contrario, os que venceram foi porque decidiram de foro intimo deixar as drogas e assim se posicionaram neste pensamento procurando tratamentos e hoje estão sóbrios mantendo uma vida saudável.

          É fundamental pensarmos que uma entidade onde se obrigue alguém permanecer involuntariamente precisará escolher um de dois métodos; um é dopar o dependente químico constantemente, porém, este artifício levará o dependente adquirir uma doença de ordem mental. O outro é usar da força, isto é, construir cadeias dentro das entidades e também punir o doente (preso) com a força e os métodos que se dispuser.

          Imaginamos hipoteticamente os dois métodos, partindo das primícias que para se deixar às drogas é necessária vontade do dependente: no primeiro caso, evidentemente este recuperando sairia dependente e doente mental da entidade, no segundo caso, como alguém iria deixar de usar drogas numa entidade onde seria maltratado? Como que todo o programa de tratamento iria ser concebido por ele (dependente), num local onde ele não deseja ficar? Onde ele é punido constantemente? Enfim, voltaremos às torturas do doente químico como no passado, depois de termo comprovado que a dependência química é uma doença. Enfim é algo que jamais pode ser concebido nos dias de hoje.

          Como um profissional no assunto, este argumento de prender o dependente químico é uma loucura, mas é algo que já se poderia prever diante a inércia e omissão do Estado. Todavia, se o problema do tratamento à dependência química fosse tratada com seriedade pelo Estado, isto é, dando condição de tratamento a todos aqueles que são dependentes e não possuem condições financeiras para se tratar a realidade seria completamente outra. A verdade é que o Estado em abordando de tratamento a dependência química nada faz e então, a sociedade perdida sem solução deixa ser levado por tais ideologias de segregação social. Enfim, para se resolver um problema esconde-o, ou seja, construa prisões para esconder ou proteger a sociedade dos doentes, como já ocorreu no passado com os dependentes químicos, os leprosos, etc.

         Em nosso País é assim, o Estado não cumpre suas Leis, e então sai punindo com novas Leis, que na verdade, isto nada mais é do que seu próprio certificado de incompetência. Dou aqui alguns exemplos: uma pessoa é condenada à 20 anos de cadeia, sai com 3 a 5 anos, então observamos a violência aumentar pela impunidade do crime. O Estado não implementa na integra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e então, procura diminuir a idade penal. Agora outro exemplo; não dá acesso de tratamento ao dependente químico construindo centros de tratamento e nem apóia financeiramente inúmeras entidades como as Comunidades Terapêuticas e clinicas e então, resolve literalmente construir prisões para os dependentes químicos.

         Ataíde Lemos

Comunidade Terapêutica Jeová Shalom

Gostaria de deixar neste tópico informações para aqueles que tem problemas relacionado às drogas e deseja tratamento.Somos diretores uma entidade para tratamento a dependentes químicos chamada “Comunidade Terapêutica Jeová Shalom”.Já atuamos nesta área de tratamento há quase 12 anos.
Para maiores informações aqui estão dados da entidade para aqueles que estão a procura de tratamento.

· A entidade se localiza na cidade de Ouro Fino sul de Minas Gerais, está há 200 km de São Paulo, 480 km do Rio de Janeiro e 490 km de Belo Horizonte. A instituição trata apenas o sexo masculino.

· A instituição é evangélica: Isto não significa que somente atende a evangélicos, pelo contrario, a entidade recebe todos sem distinção de credo, raça, etnia, etc. no entanto, os princípios da espiritualidade é Cristã.

· É proibido fumar cigarro de tabaco. Segundo entendimento da entidade tabaco é também uma droga que precisa ser combatida. Muitas vezes o próprio uso do cigarro acaba sendo um fator de levar o dependente a ter suas recaídas.

· O tratamento se dá através do tripé; Laborterapia, espiritualidade e reunião de grupos. A reunião de grupo é subdividida em palestras, dinâmicas e os doze passos.

· O tempo de duração do tratamento é de seis meses divididos em: dois meses para desintoxicação, dois para conscientização e mais dois anos destinado a ressocialização.

· Embora a entidade esteja registrada nos órgãos públicos, como ocorre com a maioria das Comunidades Terapêuticas não recebe verbas dos poderes públicos e como tem que se manter, ela pede a titulo de doação uma contribuição de R$ 250,00 mensais para poder custear as despesas de manutenção da instituição.

Pois bem, estas são as informações básicas, caso há interesse basta entrar em contato:
potifar@hardonline.com.br

Presidente:
Apostolo Profº Roberto Wagner Alves Ferreira